Com o tema Conexão Pessoal e Empoderamento, o último bate-papo que rolou no nosso evento de lançamento da Jornada Reborn foi realmente inspirador!
Mais do que uma coleção, Reborn é uma mensagem da LIVE! para o mundo: precisamos nos reinventar! Em meio a essa pandemia, precisamos nos conectar com a nossa essência e buscar esse lugar especial dentro de nós.
Pensando nisso, trouxemos um pouco da conversa super interessante que tivemos, intermediado pela nossa consultora de tendência e comportamento Daniela Zanardo com as convidadas: Nanda da Dupla Carioca e a sexóloga Ana Canosa.
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Confira como foi!
Dani Zanardo – A gente sabe que a base do relacionamento de sucesso é o autoconhecimento. O que vocês acham sobre isso, como se constrói?
Ana Canosa – Eu acho que o autoconhecimento vai acontecendo ao longo do nosso desenvolvimento. Tem muito a ver com a nossa história, como a família nos dá essa referência de ‘quem eu sou’.
Sempre digo que nascemos e vamos nos dando conta de quem somos a partir do olhar do outro. E a partir dessa relação, tentamos fazer um distanciamento do que esperam da gente e do que realmente somos. É um super processo!
Nanda Britto – E isso faz a gente refletir, se autoconhecer.
Ana Canosa – Exatamente. E às vezes a gente se perde. Porque o outro nos enxerga com as lentes dele, a partir do que aprendeu, das expectativas e do que espera numa relação afetiva. Então, quando você fica ligado a alguém, você se mistura.
A questão do desejo sexual, por exemplo. É muito comum as pessoas se perderem no desejo do outro. Principalmente as mulheres que já veem de uma repressão bem grande e aprenderam socialmente que o desejo feminino é uma extensão do desejo masculino.
E só a pouco tempo que elas começaram a perceber que podem ter o seu desejo, sua forma, sua resposta sexual. Mas ainda assim, essa questão é uma crise para muitas mulheres que ainda têm medo do que vão pensar.
Além disso, a educação afetiva é muito pobre na nossa cultura. Nós, mulheres, acabamos crescendo e comprando os personagens prontos do que esperam de nós. Temos duas coisas que atravessam muito a nossa identidade ainda: ser desejada e escolhida por alguém e ser mãe.
Nanda Britto – Eu acho que é algo que está mudando, mas que é muito difícil. No caso, eu tenho 35 anos e não tenho filhos. Eu quero ser mãe (acho que quero), mas sem pressão, então resolvi congelar meus óvulos – e isso foi muito difícil para os meus pais entenderem.
Dani Zanardo – Acho que a grande riqueza é você poder escolher sim ou não e estar bem com isso.
Nanda Britto – Às vezes é uma coisa que a gente nem quer, mas crescemos achando que precisamos fazer.
Ana Canosa – Vivemos com essas questões tradicionais, mas também temos uma nova geração que quer liberdade, constituir o próprio desejo. Isso muitas vezes gera confusão, mas é um caminho de desconstrução bem importante, principalmente para nós mulheres.
Dani Zanardo – Meninas, dentro disso tudo é óbvio que o empoderamento feminino tem papel fundamental. Como é que vocês veem essa força atualmente?
Ana Canosa – Eu acho que o empoderamento feminino é uma questão de política e luta para ser reconhecida. Mas do ponto de vista emocional, é uma questão de autonomia, de dar conta das próprias emoções e não depender do outro para dizer o que eu preciso fazer – seja o relacionamento, seja a família, seja a sociedade. Mas, de fato, é uma construção que não acontece do dia para a noite.
Nanda Britto – Empoderamento feminino é realmente um assunto muito interessante. Eu acho que o importante antes de tudo é a gente estar bem sozinha, conseguir curtir a própria companhia — que aliás é uma coisa que eu aprendi depois que fui morar sozinha. Eu amo ficar sozinha!
Dani Zanardo – E sobre a intensidade que temos vivido nesse momento de pandemia, o que vocês sentem que está acontecendo com as pessoas em questão de emoção?
Nanda Britto – Acho que está rolando muita crise de ansiedade porque não sabemos quando vai acabar. Estando em isolamento você tem que refletir, lidar com seus sentimentos. Isso faz a pessoa questionar muito.
Ana Canosa – As pessoas são muito diversas né? Tem gente que se alimenta do grupo, que precisa estar no meio das pessoas, conversar. Tem gente que fica melhor em casa. Tem gente que o trabalho também funciona como alimento da alma.
Saiu uma pesquisa há pouco tempo em vários países que o povo brasileiro é o que mais sente solidão na pandemia e acho que é porque somos essa galera que gosta de falar com as mãos. Sentimos falta de toque e de calor.
Mas uma coisa legal que aconteceu na pandemia foi o crescimento do conteúdo digital: tivemos a oportunidade de conhecer um monte de gente interessante, com ideias diferentes, e também acho que foi muito importante para o empoderamento feminino e o autoconhecimento.
Dani Zanardo – Antes falamos do autocuidado que aumentou porque começamos a nos olhar mais. Então para encerrar nosso bate-papo, falando da parte sexual, qual hábito pode melhorar ou trazer conforto para as mulheres no dia a dia?
Ana Canosa – Tirando a questão da saúde sexual que a gente sempre tem que estar antenada, tem a questão da saúde emocional. A dica é descobrir mais sobre você:, explore suas fantasias, descubra novos conteúdos, ouça podcasts legais para se aprimorar.
Curtiu o nosso bate-papo? Confira o conteúdo completo e fique ainda mais por dentro deste assunto! Assista a Jornada Reborn e siga o nosso canal do Youtube!