Mulheres no esporte: rompendo barreiras e inspirando gerações

Na história do esporte, as mulheres vêm ocupando cada vez mais espaço, deixando legados poderosos de força e determinação. O crescimento da presença feminina nas pistas, nas quadras e em diversas modalidades pelo mundo afora demonstra essa potência.

Mais do que promover saúde e bem-estar, o esporte é uma oportunidade de transformação e empoderamento na vida de mulheres e meninas, de forma tanto individual quanto coletiva.

Cada uma que conquista seu espaço carrega consigo a força de muitas outras que não tiveram as mesmas oportunidades, transformando trajetórias pessoais em caminhos compartilhados: hoje nós somos porque um dia elas foram.

Em nossa nova coleção Journey’25, queremos inspirar um olhar generoso e acolhedor sobre a própria jornada, destacando a importância de se entregar em cada passo.

Para representar essa coleção, convidamos um time de atletas, entre eles, a velocista Victoria Sena, a escaladora Thais Makino e a atleta do salto em distância Némata Nkkiema, que encontraram no esporte não apenas uma paixão, mas uma forma de inspirar outras jornadas – continue lendo para conhecer a história delas.

Três mulheres com trajetórias distintas e, ao mesmo tempo, muito semelhantes, pois todas elas um dia se permitiram sonhar e hoje incentivam outras mulheres a fazerem o mesmo.

Para celebrar o Dia Internacional das Mulheres e a força que elas representam no esporte, reunimos histórias de mulheres que romperam barreiras e inspiram as novas gerações, mostrando que a jornada sempre pode valer a pena por mais desafiadora que ela seja. Vem conferir!

1967: o ano que mudou a participação das mulheres na corrida

Você sabia que até 1972 as mulheres não eram autorizadas a participar de corridas de rua? Esse cenário só começou a mudar em 1967, graças à coragem da corredora Kathrine Switzer que aos 20 anos enfrentou essa regra patriarcal e largou na Maratona de Boston (EUA), sendo a primeira mulher a participar de uma prova.

Em entrevista ao blog “Eu Atleta”, do GE.com, Kathrine contou que no dia da prova recebeu muito apoio dos outros corredores.

Suporte esse que não foi nada oferecido pela organização da prova. Segundo a corredora, ela quase foi retirada à força do percurso por um dos organizadores do evento.

“Quando me viram, os fotógrafos começaram a gritar ‘tem uma garota na corrida!’. Eu não estava tentando me esconder de maneira nenhuma, pelo contrário, eu estava tão orgulhosa de mim mesma que usava até batom. Jock Semple [um dos diretores da maratona] era conhecido por seu temperamento violento. Em um determinado momento, ele se enfureceu e veio correndo atrás de mim, gritando ‘saia da minha prova e me dê esse número de peito!’. Eu morri de medo. Para minha sorte, meu namorado Tom Miller, de 115 kg, conseguiu empurrá-lo, enquanto Arnie [treinador de Kath] gritava ‘corra que nem uma louca!’. O resto é história. Minha presença infame não foi oficialmente registrada pela organização. Terminei em torno de 4h20m”, contou a corredora que, além do machismo dos organizadores, precisou enfrentar muito frio e vento para cruzar a linha de chegada.

A atitude de Kathrine não apenas entrou para a história, mas também foi fundamental para que a regra sexista fosse repensada e, com o tempo, extinta pelos organizadores das provas.

Mas isso levou alguns anos para acontecer, pois apenas em 1972 as mulheres foram autorizadas a participar de maratonas.

Felizmente, os tempos mudaram e hoje em dia a presença das mulheres na corrida de rua tem aumentado ano após ano.

Segundo um levantamento realizado pelo site Ticket Sports, em algumas provas de longa distância, como maratonas e meias-maratonas, a participação feminina cresceu cerca de 30% nos últimos 10 anos. 

Cada vez mais, elas têm encontrado na corrida um momento de bem-estar, se mantendo saudável tanto física quanto mentalmente.

Além disso, correr também ajuda a construir e a fortalecer amizades, mostrando que a atividade física também pode ser uma forma de praticar a empatia e a solidariedade entre mulheres. 

Olimpíadas de Paris: um marco histórico na igualdade de gênero

Com tantas mulheres praticando esporte atualmente e compartilhando suas rotinas nas redes sociais, sejam atletas profissionais ou amadoras, nem sempre temos dimensão de como isso é algo recente na história. 

Durante muito tempo, as mulheres foram impedidas de competir e esse cenário só mudou após muita mobilização. 

Até o ano de 1900, a principal competição esportiva do mundo, os Jogos Olímpicos, proibia a presença de atletas mulheres.

Com o tempo, isso foi mudando, mas foi apenas em 2012 que, pela primeira vez, todos os países participantes registraram a presença de mulheres em sua delegação.

Para termos uma ideia de como a presença feminina no esporte é algo extremamente recente, as Olimpíadas de Paris, em 2024, foi considerada histórica por ter sido a primeira que registrou igualdade de gênero entre homens e mulheres – nas Olimpíadas de Sydney, em 2000, esse número era de 38,3%.

Essa edição também representou um marco para a delegação brasileira: pela primeira vez, a presença de mulheres superou a de homens, chegando a 55% da delegação, e as únicas três medalhas de ouro foram conquistadas pelas atletas Rebeca Andrade (ginástica artística), Beatriz Souza (judô) e Duda/Ana Patrícia (vôlei de praia).

Um resultado que mostrou ao Brasil a potência da participação feminina nos esportes!

Histórias Reais: atletas da LIVE! compartilham suas jornadas

A vontade de mudar foi o que motivou a burquinense Némata Nikiema a se mudar para o Brasil com apenas 15 anos.

“Não sabia nada do português, na época eu não sabia de atletismo. Eu só fui na vontade mesmo. Vim para testar algo novo e tentar mudar a minha vida”, conta.

Hoje, aos 21, a atleta do salto em distância sonha um dia chegar às Olimpíadas para poder dar um futuro melhor aos seus pais.

Desde cedo, ela sabe que sua jornada é coletiva, e inspirar uma geração de mulheres a acreditarem em si mesmas é um dos seus objetivos.

“As pessoas sempre enxergam a gente através do que a gente faz, dentro do esporte e fora também. Então, eu espero poder inspirar uma geração, eu sempre vou dar o meu melhor para tentar inspirar elas. O que eu tenho pra falar é que podem acreditar que tudo é possível.”

“Felizes são aqueles que têm belas histórias pra contar. Eu tô construindo a minha.”  Némata Nkkiema

A vontade de fazer a diferença também está entre os sonhos de Thais Makino. Escaladora desde os 10 anos, ela se identificou com a prática desde cedo e hoje, aos 36, espera que sua experiência sirva de motivação para outras mulheres.

“O que eu gosto muito é passar esse conhecimento e essa noção para as mulheres, principalmente as meninas mais novas que estão começando a entrar e a encontrar algum esporte com que elas se identificam. Eu espero que, assim como eu lá no passado me identifiquei com a escalada, outras meninas que também não se encaixam tanto em outros esportes encontrem na escalada o que eu encontrei.” 

Que mais meninas e mulheres possam encontrar na escalada uma prática
que faz seu coração vibrar – Thais Makino

Para a velocista Victoria Sena, a beleza do atletismo está na sua diversidade de gente. É em meio a essa pluralidade que a atleta de 24 anos vive sua paixão na prova de 400 metros, deixando um legado de alegria.

“Foi um esporte em que eu entrei e me reencontrei. Eu tive muitas referências de pessoas parecidas comigo, cabelos, cores, corpos diversos. O atletismo é um esporte muito democrático, então tem muitas pessoas diferentes. É uma das coisas que eu mais gosto dentro do atletismo, porque tem espaço para todos e ele conseguiu achar um espaço pra mim, então eu fico muito feliz por isso.”

Se reencontrar em meio ao diverso, criando novas conexões – Victoria Sena

Esporte: saúde, autoestima e empoderamento feminino

Confiança, bem-estar, saúde física e mental: a lista de benefícios que o esporte proporciona é extensa, principalmente quando falamos da prática feminina. Quem nunca se sentiu mais empoderada após terminar um treino desafiador?

Nos esportes individuais ou coletivos, nas práticas mais leves ou intensas, os efeitos positivos que a vida ativa proporciona ao corpo e à mente são indescritíveis.

Proporciona autoestima, motivação, vontade de continuar indo além… sempre é tempo de se permitir sentir tudo isso, pois nunca é tarde para começar algo novo.

Na LIVE!, nós acreditamos e apoiamos a força feminina no esporte. Com o nosso propósito de inspirar uma vida ativa, saudável e feliz, incentivamos cada vez mais mulheres a descobrirem suas formas favoritas de colocar o corpo em movimento, conquistando mais saúde e bem-estar.

Nesta busca, vale tudo: correr, escalar, saltar, nadar, dançar, alongar… cada atividade proporciona um universo de sensações que você só vai descobrir experimentando.

Vamos juntas fazer parte desse movimento? Baixe o app LIVE! Experience e encontre o esporte ou prática que mais combina com você, além de garantir o look ideal para suas práticas no site.

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Team LIVE!

Escrito por Team LIVE!

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